Porque assistir Sex Education: a melhor série contemporânea da netflix

Lorraine Gomes

Eis um dilema para o espírito jovem-adolescente de hoje: Qual série assistir em meio a tantas opções maravilhosas?

As séries televisivas acabaram mesmo por cair no gosto popular e junto com os filmes arrecadam milhões para suas plataformas de stream ou emissoras de tvs que disponibilizam essas magníficas criações para pessoas como eu e você que adoram preencher nossos vazios interiores ora com comédia ora com romance ou até mesmo com o terror. Tem para todas as idades e para todos os gostos, algumas são fabulosas, cheias de glitter, empoderamento, encanto, diversão e muita emoção outras são munidas de ação, aventuras e mistérios.

Bom eu poderia ficar aqui listando várias por horas, mas essa lista fica para a próxima, hoje te darei uma indicação que com certeza você vai gostar. Porque se de alguma forma você achar que a minha dica não não valeu a pena foi porque você não assistiu direito, então vai lá e assista de novo (brincadeira rsrs) você tem todo direito de não gostar, mas esta realmente é A Série .

Sex education é uma dessas séries que te prende desde os cinco minutos iniciais. Com uma temática super divertida ela além de entreter educa. Criada pela britânica Laurie Nunn ela é disponibilizada pela Netflix e já está em sua segunda temporada, com muito louvor.

Na primeira temporada conhecemos o tímido Otis (Asa Butterfield), filho da terapeuta sexual Jean (Gillian Anderson) e os adolescentes da Moordale High em suas aventuras e descobertas da puberdade. Na segunda temporada, já familiarizados com a história de cada um, além de conhecermos novos personagens, somos inseridos em novos dilemas cotidiano da vida pessoal desses adolescentes.

1ª- Temporada

Como já disse, na primeira temporada conhecemos Otis, que além de virgem (não encare isto como problema, POIS NÃO É) ele sofre de bloqueios em relação a sua vida sexual, no caso inativa. Conhecemos também Maeve (Emma Mickey), uma adolescente entre tantas outras que sofre de rótulos injustos imposto pelos colegas e que passa por um momento de decisão importante que poderá mudar sua vida inteira. Temos a ingênua Aimee (Aimee Lou Wood) que namora com um babaca, Adam Groff (Connor Swindells) o famoso boy lixo, boy chernobyl ou como preferir e o magnífico Erick Effiong (Ncuti Garwa), melhor amigo de Otis e que consegue deixar Agostinho Carrara no chinelo (sério nunca imaginei que tanta estampa e brilho ficaria maravilhoso em alguém). Ainda na primeira temporada ficamos encantadas com o charmoso nadador Jackson (Kedar Williams) e conhecemos bem no finalzinho Ola (Patricia Allison) - é a garota tem esse nome mesmo - que como todos os personagens com nomes estranhos conseguiu ganhar espaço em nossos corações, ao menos no meu. A 1ª temporada aborda temas como aborto, homofobia, bullying e é claro a vida sexual na adolescência.

2ª Temporada

A segunda temporada nos apresenta novos personagens e novas características dos nossos já conhecidos protagonistas. Mas a essência da série continua assim como o gostinho de quero mais. Na segunda parte começamos a entender o que levou as atitudes de certos personagens, não romantizando agressores e praticantes de bullying, mas é considerável a perspectiva de que lares com pais controladores e abusivos nos levem a refletir um pouco sobre as atitudes de algumas pessoas, e também já conseguimos nos identificar com alguns deles. Nesta segunda parte é explorado assuntos tão tensos e tristes como na primeira, não deixando claro de arrancar boas risadas nas horas devidas. O tema gravidez na adolescencia, descobertas seuxual e de sexualidade, traumas, abusos psicologicos, relacionamentos tóxicos são retratados na continuação o que nos leva a uma aproximação maior com os personagens.

Esta série não trata só de um monte de adolescente fazendo merdas juntos, ela trata de amizade, respeito, confiança, esperança e cumplicidade. Ela nos ensina como a sexualidade não interfere na escolha de amigos e como uma mulher não precisa diminuir a outra para se sentir melhor mesmo não tendo afinidades em comum. Sex Education também mostra, que assim como seus filhos, os pais também tem suas inseguranças e medos e que devemos sempre abrir a mente para que outros pontos de vista possam ser enxergados.

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